segunda-feira, 26 de outubro de 2020

ROTEIRO DE ESTUDOS DE HISTÓRIA 7º ANO 4º Bimestre 01

 

ROTEIRO DE ESTUDOS 7º ANO 4º Bimestre 01

DISCIPLINA: História

ANO: 7º ANO

PROFESSORA: CHRISTIANE

Orientações aos Alunos: Leiam o material de apoio contido no blog da Escola ou no material impresso, leia com calma e atenção e realize as atividades solicitadas. Qualquer dúvida que surgir no decorrer da leitura ou da realização das atividades entre em contato pelo grupo de WhatsApp nos horários das aulas de História. Bons Estudos!  Realizem as atividades no caderno. Assim que terminar envie para mim pelo WhatsApp ou e-mail.

(EF07HI15) Discutir o conceito de escravidão moderna e suas distinções em relação ao escravismo antigo e à servidão medieval

Qual é a diferença entre a escravidão moderna, a antiga e a servidão?
A idade moderna trouxe consigo muitas mudanças que foram incorporadas à história do mundo: o contato do homem europeu com as américas, as navegações, as reformas religiosas, o renascimento cultural, o humanismo, o nascimento do estado-nação e muitos outros. porém, um dos pilares formadores da modernidade e base para a construção do mundo atual não era exatamente uma novidade para o homem: a escravidão. Ao longo da história foram registradas diversas ocorrências de práticas escravistas em diversos locais e em sociedades diferentes. Os historiadores acreditam que desde o desenvolvimento das civilizações e das primeiras guerras por território, comida e sobrevivência grupos eram escravizados pelos vencedores ao final dos conflitos. os textos bíblicos já mencionam a escravidão como presente nas sociedades antigas e há indícios de que ela tenha sido praticada entre povos diferentes como os da mesopotâmia, China, Índia, Japão além do Egito antigo e entre os hebreus. Mas se não era uma novidade histórica, por que a escravidão na idade moderna é vista como diferente das demais? Pela maneira como a escravidão era praticada nesse período. a partir do século 15, a escravidão de africanos por europeus passou a sustentar as lógicas comerciais de um sistema mercantil global em expansão, sistema que dependia dessa escravidão para funcionar, se manter e acumular a riqueza que criaria mais tarde as condições para o desenvolvimento do mundo capitalista.
Explicando de um modo mais simples: no sistema escravista moderno, o europeu comprava africanos por um preço muito baixo para serem usados como mão de obra escrava nas plantações das colônias. para isso era preciso um sistema de transporte, de portos e de negociantes que levassem esses africanos por todo o oceano atlântico até a américa onde eram vendidos para donos de terras por um preço muito maior do que aquele pelo qual foram comprados. O lucro dessas negociações sustentava os gastos com as viagens pelo atlântico e permitia ao traficante de escravos acumular riqueza. Já o dono de terras na colônia, usavam os africanos escravizados no trabalho nas plantações. Tudo que era colhido nessas plantações era vendido para a Europa por um preço muito maior do que se gastou em sua produção, garantindo assim o lucro e a riqueza do dono das terras. Era um novo modo de lidar com a mão de obra, diferente de tudo o que havia sido feito antes, como a escravidão antiga e a servidão. Na antiguidade, cada sociedade tinha seu modo de lidar com a escravidão. em muitas delas, os escravos eram propriedade do estado, trabalhando apenas em terras, serviços e obras públicas, não podendo ser vendidos ou comprados por ninguém além do governo. Em outras, só as classes mais altas possuíam escravos, que poderiam ter uma fonte de renda própria e comprar a sua liberdade. Com o fim da chamada antiguidade e a chegada da idade média, surgem outras formas de organização do trabalho, como a servidão. Os servos eram trabalhadores rurais que tinham uma rotina dura de trabalho e pertenciam às camadas mais baixas das sociedades feudais, porém, eles não eram considerados mercadoria ou objeto de comércio. No sistema feudal, os servos, ao contrário dos escravos modernos ou antigos, eram livres, porém essa era uma liberdade com dependência pois tinham de trabalhar para os senhores feudais em todos os serviços necessários para a alimentação e manutenção do feudo. em troca recebiam proteção contra invasores e a permissão para morar nas terras do senhor retirando delas o que precisavam para sobreviver. Nesse sistema, o servo podia plantar para ele mesmo e vender o que sobrava ficando com os ganhos para si, porém tinha que pagar taxas pelo uso da terra e das ferramentas do senhor, assim como precisava de permissão se quisesse se afastar das terras. A servidão não acontecia por compra ou captura, mas sim por acordos que uniam as necessidades de pobres camponeses que precisavam de terras para viver e ricos proprietários que precisavam de pessoas para trabalhar. ao ser feito, o acordo de servidão durava o resto da vida e passava de pai para filho - filhos e netos de servos permaneciam vinculados aos feudos. muitos senhores feudais tinham também escravos e, esses sim, poderiam ser comercializados ou alugados. Ao longo da idade moderna, houve todo um trabalho ideológico para justificar a escravidão africana. Tentavam provar, com a religião e depois com a ciência, que os africanos não tinham alma como os demais, que eram naturalmente selvagens e inferiores ao europeu, de modo que a escravização poderia representar um benefício por aproximar esse povo da civilização e do cristianismo. Hoje compreendemos que essas eram justificativas para manter um sistema econômico muito lucrativo. A escravidão moderna criou uma lógica econômica global, dando origem a uma hierarquia racial que deixou marcas profundas em todos os continentes envolvidos nesse comércio. Esses fatores tornam a escravidão moderna única e fundamental para pensarmos as relações sociais e econômicas ainda presentes em nossos dias.

ATIVIDADES

1) A escravidão é um fato que se observa ao longo da história desde os seus primórdios. Como se dava o processo de escravidão na idade antiga.Parte superior do formulário

a) os escravos eram comprados ou alugados por comerciantes.

b) famílias de escravos se mantinham vinculadas aos seus donos geração após geração.

c) povos vencedores de guerras e conflitos tomavam a população vencida como escrava.

d) nenhuma das alternativas

Parte inferior do formulário

 

2) Com a chegada da idade média, surgem novas formas de organização do trabalho análogas à escravidão. O servo se diferenciava do escravo principalmente porque:

 

Parte superior do formulário

a) era visto como uma criatura sem alma.

b) não tinha direitos ou deveres.

c) era livre, ainda que devesse trabalhar e ceder maior parte de sua produção ao senhor.

d) era estrangeiro, negociado através de comerciantes

Parte inferior do formulário

 

3)  Qual a principal diferença entre o sistema escravagista da idade moderna para os demais casos registrados na história?

 

Parte superior do formulário

a) durante a idade moderna o escravo era capturado após guerras por território nas novas colônias.

b) o sistema escravagista era mantido pela igreja católica, que acreditava que escravos não possuíam alma e deveriam trabalhar como forma de pagar seus pecados.

c) o sistema escravagista da idade moderna mantinha um ciclo econômico no qual os escravos eram comprados e revendidos por preços que geravam uma cadeia de lucro.

d) nenhuma das alternativas.

4) A escravidão negra no Brasil teve várias facetas. Dentre as assertivas a seguir, qual não pode ser considerada uma marca do escravismo brasileiro?

a) A vida nos engenhos era dura e penosa. Por isso, a expectativa de vida dos escravos era muito pequena.

b) Todos os escravos se reconheciam como iguais e lutaram juntos pelo fim da infame escravidão.

c) O processo de derrocada da escravidão foi lento e gradual, durando, legalmente falando, quase quarenta anos (1850-1888).

d) Era relativamente comum ao “preto forro”, caso tivesse algum pecúlio, adquirir um escravo.

 

5) O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do Brasil: a escravidão.

“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma má­quina de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os cofres dos traficantes de homens.”

(Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a in­crível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112).

Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto afirmar:

a) As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse, aumentaram após 1850.  Porém, no Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do tráfico inter­continental e, praticamente, desapareceu o tráfico interno entre as regiões.

b) A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era permitida em atividades econômicas complementares. Por isso, destinaram-se escravos exclusivamente às plantações de cana-de-açúcar, às minas e à produção do café.

c) A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a escravidão, só foi permitida para quem pudesse manter um número de, pelo menos, 30 cativos. Essa proibição justificava-se, devido aos altos custos para se ter escravos.

d) Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados da África para o Brasil, nos porões dos navios negreiros, como forma de diminuição de custos. Com isso, muitos cativos morriam antes de chegarem ao destino.

 

 

 

 

 

 

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