ROTEIRO DE ESTUDOS 7º
ANO 4º Bimestre 01
DISCIPLINA: História
ANO: 7º ANO
PROFESSORA: CHRISTIANE
Orientações aos
Alunos: Leiam o material de apoio contido no blog da Escola ou no material
impresso, leia com calma e atenção e realize as atividades solicitadas.
Qualquer dúvida que surgir no decorrer da leitura ou da realização das
atividades entre em contato pelo grupo de WhatsApp nos horários das aulas de
História. Bons Estudos! Realizem as
atividades no caderno. Assim que terminar envie para mim pelo WhatsApp ou
e-mail.
(EF07HI15) Discutir o conceito de escravidão moderna
e suas distinções em relação ao escravismo antigo e à servidão medieval
Qual é a diferença entre a escravidão moderna, a antiga e a servidão?
A idade moderna trouxe consigo muitas mudanças que foram incorporadas à
história do mundo: o contato do homem europeu com as américas, as navegações,
as reformas religiosas, o renascimento cultural, o humanismo, o nascimento do
estado-nação e muitos outros. porém, um dos pilares formadores da modernidade e
base para a construção do mundo atual não era exatamente uma novidade para o
homem: a escravidão. Ao longo da história foram registradas diversas
ocorrências de práticas escravistas em diversos locais e em sociedades
diferentes. Os historiadores acreditam que desde o desenvolvimento das
civilizações e das primeiras guerras por território, comida e sobrevivência
grupos eram escravizados pelos vencedores ao final dos conflitos. os textos
bíblicos já mencionam a escravidão como presente nas sociedades antigas e há
indícios de que ela tenha sido praticada entre povos diferentes como os da
mesopotâmia, China, Índia, Japão além do Egito antigo e entre os hebreus. Mas
se não era uma novidade histórica, por que a escravidão na idade moderna é
vista como diferente das demais? Pela maneira como a escravidão era praticada
nesse período. a partir do século 15, a escravidão de africanos por europeus
passou a sustentar as lógicas comerciais de um sistema mercantil global em
expansão, sistema que dependia dessa escravidão para funcionar, se manter e
acumular a riqueza que criaria mais tarde as condições para o desenvolvimento
do mundo capitalista.
Explicando de um modo mais simples: no sistema escravista moderno, o europeu
comprava africanos por um preço muito baixo para serem usados como mão de obra
escrava nas plantações das colônias. para isso era preciso um sistema de
transporte, de portos e de negociantes que levassem esses africanos por todo o
oceano atlântico até a américa onde eram vendidos para donos de terras por um
preço muito maior do que aquele pelo qual foram comprados. O lucro dessas
negociações sustentava os gastos com as viagens pelo atlântico e permitia ao
traficante de escravos acumular riqueza. Já o dono de terras na colônia, usavam
os africanos escravizados no trabalho nas plantações. Tudo que era colhido
nessas plantações era vendido para a Europa por um preço muito maior do que se
gastou em sua produção, garantindo assim o lucro e a riqueza do dono das
terras. Era um novo modo de lidar com a mão de obra, diferente de tudo o que
havia sido feito antes, como a escravidão antiga e a servidão. Na antiguidade,
cada sociedade tinha seu modo de lidar com a escravidão. em muitas delas, os
escravos eram propriedade do estado, trabalhando apenas em terras, serviços e
obras públicas, não podendo ser vendidos ou comprados por ninguém além do
governo. Em outras, só as classes mais altas possuíam escravos, que poderiam
ter uma fonte de renda própria e comprar a sua liberdade. Com o fim da chamada
antiguidade e a chegada da idade média, surgem outras formas de organização do
trabalho, como a servidão. Os servos eram trabalhadores rurais que tinham uma
rotina dura de trabalho e pertenciam às camadas mais baixas das sociedades
feudais, porém, eles não eram considerados mercadoria ou objeto de comércio. No
sistema feudal, os servos, ao contrário dos escravos modernos ou antigos, eram
livres, porém essa era uma liberdade com dependência pois tinham de trabalhar
para os senhores feudais em todos os serviços necessários para a alimentação e
manutenção do feudo. em troca recebiam proteção contra invasores e a permissão
para morar nas terras do senhor retirando delas o que precisavam para
sobreviver. Nesse sistema, o servo podia plantar para ele mesmo e vender o que
sobrava ficando com os ganhos para si, porém tinha que pagar taxas pelo uso da
terra e das ferramentas do senhor, assim como precisava de permissão se
quisesse se afastar das terras. A servidão não acontecia por compra ou captura,
mas sim por acordos que uniam as necessidades de pobres camponeses que
precisavam de terras para viver e ricos proprietários que precisavam de pessoas
para trabalhar. ao ser feito, o acordo de servidão durava o resto da vida e
passava de pai para filho - filhos e netos de servos permaneciam vinculados aos
feudos. muitos senhores feudais tinham também escravos e, esses sim, poderiam
ser comercializados ou alugados. Ao longo da idade moderna, houve todo um
trabalho ideológico para justificar a escravidão africana. Tentavam provar, com
a religião e depois com a ciência, que os africanos não tinham alma como os
demais, que eram naturalmente selvagens e inferiores ao europeu, de modo que a
escravização poderia representar um benefício por aproximar esse povo da
civilização e do cristianismo. Hoje compreendemos que essas eram justificativas
para manter um sistema econômico muito lucrativo. A escravidão moderna criou
uma lógica econômica global, dando origem a uma hierarquia racial que deixou
marcas profundas em todos os continentes envolvidos nesse comércio. Esses
fatores tornam a escravidão moderna única e fundamental para pensarmos as
relações sociais e econômicas ainda presentes em nossos dias.
ATIVIDADES
1) A escravidão é um fato que se
observa ao longo da história desde os seus primórdios. Como se dava o processo
de escravidão na idade antiga.
a) os escravos eram comprados ou alugados por comerciantes.
b) famílias de escravos se mantinham vinculadas aos seus
donos geração após geração.
c) povos vencedores de guerras e conflitos tomavam a
população vencida como escrava.
d) nenhuma das alternativas
2) Com a chegada da idade média, surgem novas formas de
organização do trabalho análogas à escravidão. O servo se diferenciava do
escravo principalmente porque:
a) era visto como uma criatura sem alma.
b) não tinha direitos ou deveres.
c) era livre, ainda que devesse trabalhar e ceder maior
parte de sua produção ao senhor.
d) era estrangeiro, negociado através de comerciantes
3) Qual a
principal diferença entre o sistema escravagista da idade moderna para os
demais casos registrados na história?
a) durante a idade moderna o escravo era capturado após
guerras por território nas novas colônias.
b) o sistema escravagista era mantido pela igreja católica,
que acreditava que escravos não possuíam alma e deveriam trabalhar como forma
de pagar seus pecados.
c) o sistema escravagista da idade moderna mantinha um
ciclo econômico no qual os escravos eram comprados e revendidos por preços que geravam
uma cadeia de lucro.
d) nenhuma das alternativas.
4) A
escravidão negra no Brasil teve várias facetas. Dentre as assertivas a seguir,
qual não pode ser considerada uma marca do escravismo brasileiro?
a) A vida nos engenhos era dura e penosa. Por isso, a
expectativa de vida dos escravos era muito pequena.
b) Todos os escravos se reconheciam como iguais e
lutaram juntos pelo fim da infame escravidão.
c) O processo de derrocada da escravidão foi lento e
gradual, durando, legalmente falando, quase quarenta anos (1850-1888).
d) Era relativamente comum ao “preto forro”, caso
tivesse algum pecúlio, adquirir um escravo.
5) O
texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do Brasil: a
escravidão.
“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da
besta mercantilista: uma máquina de moer carne humana, funcionando
incessantemente para alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as
mesas, a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os cofres dos
traficantes de homens.”
(Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível
saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112).
Sobre a escravidão como atividade econômica no
Brasil Colônia, é correto afirmar:
a) As pressões inglesas, para que o tráfico de
escravos continuasse, aumentaram após 1850. Porém, no Brasil, com a Lei
Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do tráfico intercontinental e, praticamente,
desapareceu o tráfico interno entre as regiões.
b) A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de
outros lugares, não era permitida em atividades econômicas complementares. Por
isso, destinaram-se escravos exclusivamente às plantações de cana-de-açúcar, às
minas e à produção do café.
c) A compra e posse de escravos, durante todo o
período em que perdurou a escravidão, só foi permitida para quem pudesse manter
um número de, pelo menos, 30 cativos. Essa proibição justificava-se, devido aos
altos custos para se ter escravos.
d) Os escravos, amontoados e em condições desumanas,
eram transportados da África para o Brasil, nos porões dos navios negreiros,
como forma de diminuição de custos. Com isso, muitos cativos morriam antes de
chegarem ao destino.
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