Dicas de alimentação para prevenir a obesidade
Alimentação adequada e saudável é melhor
forma de prevenir sobrepeso e obesidade. Evitar ambientes desfavoráveis e
atenção aos rótulos ajudam na prevenção
dicas de alimentação para prevenir a obesidade
O Brasil vem enfrentando aumento expressivo do
sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias. Segundo o Guia alimentar para a população brasileira, o excesso de peso acomete um em cada dois adultos
e uma em cada três crianças brasileiras.
A publicação do Ministério da Saúde ressalta que o
aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, que possuem composição
nutricional desbalanceada e são ricos em gorduras, açúcares e sódio, aliado à
atividade física reduzida, é uma das causas deste problema de saúde pública.
Qual a relação entre sobrepeso, obesidade e desenvolvimento do câncer
A analista
técnica da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da
Saúde, Helissa de Oliveira Mendonça Moreira, observa que a obesidade é uma
doença crônica que tem etiologia multifatorial, de difícil manejo e que está
relacionada a uma associação de fatores genéticos, ambientais e
comportamentais.
“A obesidade decorre, na maioria dos casos, do
desbalanceamento energético, quando o indivíduo consome mais energia do que
gasta e resulta em ganho de peso. Também influencia o ambiente obesogênico, que
favorece comportamentos relacionados à ingestão de alimentos densamente
calóricos e sedentarismo. O que precisamos entender é que a alimentação vai
além das escolhas individuais, sendo influenciada pelo ambiente no qual o indivíduo
está inserido”, explica Helissa.
7 dicas de
alimentação para prevenir a obesidade
1 - Faça dos
alimentos in natura ou minimamente processados e de origem predominantemente
vegetal a base da alimentação
Sempre opte por
alimentos obtidos diretamente de plantas ou de animais ou então aqueles que
foram submetidos a processos que não envolvam agregação de sal, açúcar, óleos,
gorduras ou outras substâncias ao alimento original. . Exemplos: frutas,
verduras, legumes, leite, iogurte natural, feijões, cereais, raízes,
tubérculos, ovos, carnes resfriadas ou congeladas, farinhas, macarrão,
castanhas, frutas secas, sucos integrais, chá, café e água potável. Para
economizar na compra desses produtos, prefira os que estão no período de safra,
pois terão menor preço.
2 - Controle o
consumo de alimentos de origem animal
Alimentos de origem
animal são boas fontes de proteínas e da maioria das vitaminas que
necessitamos, mas não contém fibras e podem acrescentar elevada quantidade de
calorias por grama e teor excessivo de gorduras não saudáveis (chamadas
gorduras saturadas). O Manual
Alimentação Cardioprotetora destaca
a importância do controle do consumo de carnes (bovina, suína, frango e peixe)
principalmente pelos cardiopatas e indivíduos com fatores de risco
cardiovascular, por serem alimentos que contêm maior quantidade de gordura
saturada, sal e colesterol, que podem fazer mal para o coração.
3 - Utilize
óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades
São comumente
utilizados para temperar e cozinhar alimentos in natura e minimamente
processados, e deixam os alimentos mais agradáveis ao paladar. Produtos como
óleos (de soja, milho ou de oliva), banha de porco, gordura de coco, açúcar
(refinado, mascavo ou demerara) e sal de cozinha (refinado ou grosso) devem ser
utilizados em pequenas quantidades, pois além de favorecer o ganho de peso,
aumentam o risco de doenças do coração (sódio e gorduras), de cáries e diabetes
(açúcar).
4 - Compre mais
em feiras livres ou de produtores locais
Sempre que possível,
faça suas compras em locais onde são comercializados prioritariamente alimentos
in natura ou mininimamente processados, incluindo orgânicos e de base
agroecológica, como feiras, sacolões e varejões. Uma boa alternativa em algumas
cidades é comprar de veículos que percorrem as ruas vendendo frutas, legumes e
verduras adquiridos de centrais de abastecimento. Em supermercados, uma dica é
levar uma lista de compras para evitar comprar mais do que o necessário,
sobretudo ultraprocessados em promoção.
5 - Desenvolva
habilidades culinárias
O processo de
cozinhar implica em preparações baseadas em alimentos in natura ou minimamente
processados. Daí a importância de desenvolver habilidades culinárias, seja
pedindo receitas para a família ou conversando com colegas que sabem cozinhar,
e mesmo com a ajuda de livros e da internet. Não tem tempo? A dica é cozinhar
alimentos que demandam mais tempo (como o feijão) em um único dia, congelar e
utilizar ao longo da semana. Macarrão com molho de tomate natural, sopas,
omeletes ou arroz com legumes refogados são ótimas opções para os dias em que o
tempo está curto.
6 - Evite
ambientes desfavoráveis
Comer em frente à
televisão ou computador, sem atenção e de maneira rápida são comportamentos que
podem levar a um consumo exagerado de alimentos e facilitar o ganho de
peso. O que você pode fazer para favorecer o “comer com regularidade e
atenção” é procurar comer em locais limpos, confortáveis e tranquilos, de
preferência na companhia de familiares, amigos ou colegas de trabalho.
Compartilhar refeições e comer sem pressa ampliam o prazer proporcionado pelo
ato de comer.
7 - Fique
atento a publicidade
A publicidade de
alimentos ultraprocessados frequentemente veicula informações incorretas ou
incompletas sobre os produtos. E muitas vezes as propagandas acabam
dificultando as escolhas alimentares mais saudáveis. Portanto, a dica é ir além
das informações em destaque na embalagem, e sempre verificar a lista de
ingredientes. Em geral, se são descritos CINCO ingredientes ou mais, o alimento
é classificado como ultraprocessados e deve ser evitado, especialmente quando
os ingredientes são basicamente formulações industriais ou com nomes
desconhecidos.
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