Jogos Eletrônicos simulam exercícios físicos, mas
não devem substituir a prática real
Os jogos eletrônicos deixaram de ser exclusivamente
uma brincadeira infantil, divertindo jovens e adultos. Mas ficar sentado em
frente à televisão durante horas leva muita gente ao sedentarismo. Com a
evolução da tecnologia de entretenimento, alguns videogames simulam a prática
de esportes como tênis, futebol, boxe e outros jogos ensinam até a dançar e dão
aula de ginástica localizada. Apesar de terem estímulo corporal e mental, esses
jogos não devem substituir os exercícios físicos.
Muitas modalidades virtuais proporcionam grandes
gastos calóricos. Mas a equipe de professores de educação física do Programa de
Melhoria da Qualidade de Vida, o Geração Saúde, é unânime em afirmar que
os esportes virtuais não são considerados exercícios físicos, e sim atividades.
“O exercício físico é orientado por um profissional, que, por exemplo, corrige
movimentos errados. A atividade física é livre, assim como qualquer movimento
no cotidiano”, explica o coordenador Rodrigo Rocha.
Para ele, os jogos eletrônicos estimulam o
aprendizado, mas por si só não tira o jogador do sedentarismo. “Mesmo tendo a
psicomotricidade, onde a pessoa se movimenta e tem o estímulo mental, a
tecnologia em alguns pontos contribui muito para o sedentarismo, ao ficar ali
sentado ou até mesmo em pé durante horas repetindo alguns gestos”, analisa Rodrigo.
“Mas tudo depende do ponto de partida e o contexto. Se o objetivo é o
desenvolvimento cognitivo, o jogo é excelente”, completa.
O tipo de jogo a ser escolhido, principalmente para
crianças e adolescentes, deve estimular não só o movimento, mas também o
aprendizado por trás da atividade. “Academias de artes marciais, por exemplo,
procuram formar o caráter e disciplinam através de um professor orientando. E
alguns jogos de luta podem não ensinar isso, portanto é preciso cuidado”,
alerta o professor Anderson Correia.
Jogadores infantis – A atenção com os
pequenos jogadores deve ser maior. “Os jogos podem ajudar as crianças a sair do
sedentarismo. Elas são estimuladas a se movimentarem mais e até despertam a
vontade de praticar aquele esporte. Se ela começa a jogar em casa e tem essa
vivência, passam a querer pratica-lo também ao ar livre”, argumenta o professor
Alexandre Nunes.
Além do cuidado em escolher jogos que estimulam o
aprendizado e tenha caráter educativo, os pais devem ficar atentos para os filhos
não se perderem no meio de tanta diversão. “A criança pode ficar horas na
frente da televisão e acabar se esquecendo de comer, dormir, se hidratar,
portanto precisa de orientação para não se dispersar nesse mundo virtual”.
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