ROTEIRO DE ESTUDOS 8º
ANO 2º Bimestre
DISCIPLINA: História
ANO: 8º ANO
PROFESSORA: Christiane
(EF08HI11) – Identificar e explicar os protagonismos
e a atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de independência
no Brasil, na América espanhola e no Haiti.
Orientações aos
Alunos: Leiam o material de apoio contido no blog da Escola ou no material impresso,
leia com calma e atenção e realize as atividades solicitadas. Qualquer dúvida
que surgir no decorrer da leitura ou da realização das atividades entre em
contato pelo grupo de WhatsApp nos horários das aulas de História. Bons
Estudos! Realizem as atividades no
caderno. Assim que terminar envie para mim pelo WhatsApp ou e-mail.
Refletir acerca do protagonismo dos diferentes grupos
sociais e étnicos, identificando suas atuações e influências nas lutas pela
independência no Brasil e na América Latina.
Processo
de Independência nas Américas
A Independência do Brasil compartilha com uma origem
comum com a da América espanhola, uma vez que ambas foram acionadas pela
invasão da Península Ibérica por Napoleão, em 1808.
Esses processos de independência dos países da América
Latina são influenciados pelo clima político e intelectual do movimento
Iluminista que ocorria na Europa e alcançou as classes mais ricas das colônias.
Processo de Independência nas Américas
Europa enfraquecida com a
chamada “Era das Revoluções”.
Colônias sentiram que seria a
hora certa para lutar pela sua independência.
Espanha tomada pelo Exército
francês de Napoleão, que queria acabar com o intercâmbio comercial
do Reino Unido, para que a França se tornasse a maior potência europeia.
Mapa do espaço espanhol na
América em 1800
Processo de Independência na América Espanhola
Os dois grupos sociais coloniais
que se destacaram nos processos da independência espanhola foram os dois que
tinham interesses e opostos nestes processos revolucionários: os espanhóis e os
criollos.
Grupos Sociais
Chapetones
Nascidos na Espanha, eram os mais
favorecidos pela administração colonial; ocupavam os postos mais altos e eram
muito fiéis à Coroa, de modo que lutaram contra as tentativas de independência.
Grupos Sociais
Criollos
Eram filhos de espanhóis nascidos
na América, que cuidavam da produção mercantil; os brancos, descendentes
de espanhóis nascidos na colônia; os proprietários de grandes terras.
Grupos Sociais
Os povos indígenas
Submetidos à mita e à encomienda
(“troca” de instrução cristã), especialmente que a tornava subordinada ao
colonizador, pagando-lhes tributos e realizando serviços.
Simón Bolívar
Pertencia ao grupo dos criollos,
e que por sua vez estava muito descontente com as condições impostas ao seu
grupo. Bolívar nasceu na Venezuela, seus antepassados chegaram à Venezuela em
1548. Apesar de ter vivido boa parte de sua vida na Espanha e na França, ele
era considerado criollo e, portanto, sem os privilégios dos chapetones.
São Paulo Faz Escola, 2020.
Caderno do Professor, 6º ano, vol. 2, p. 101.
Fonte 1
Carta da Jamaica
Os americanos no sistema
espanhol, que está em vigor, eu quero com mais força do que nunca, eles não
ocupam outro lugar sociedade do que a dos próprios empregados para o trabalho,
e quando mais do que simples consumidores; e ainda assim coagidos a restrições
ofensivas; tais são as proibições de cultivo dos frutos da Europa, o estanco
das produções que o Rei monopoliza; o impedimento das fábricas que a Península
não possui; os privilégios exclusivos do comércio, até dos objetos de primeira
necessidade, os entraves entre as províncias e províncias americanas, para que
não tratem, ajustem nem negociem; enfim, você quer saber qual era o nosso destino?
Os campos para cultivar o anil (...), o café, a cana, o cacau e o algodão; nos
prados solitários para criar gado; nos desertos para caçar animais ferozes; as
entranhas da terra para escavar o ouro que não pode saciar essa nação
abrangente (...).
Kingston, 6 de setembro de 1815,
Simón Bolívar, Tradução Profª Pamella dePaula da Silva Santos.
1) Quais eram os
interesses e temores dos chapetones e das elites criollas em relação à
independência da América Espanhola?
2) Apesar de utilizarem um
discurso de libertação dos povos americanos da dominação espanhola, indicando
que haveria liberdade e melhoria nas condições sociais, os líderes das
independências das colônias hispanoamericanas tinham, na verdade, interesses na
manutenção de uma estrutura de poder político e econômico que beneficiava
apenas as elites coloniais. Essas elites ficaram conhecidas como:
a) chapetones.
b) burgueses.
c) aristocratas.
d) criollos.
e) latifundiários.
3) O hispano-americano
principia como uma justificação da independência, mas se transforma quase
imediatamente num projeto: a América é menos uma tradição a seguir que um
futuro a realizar. Projeto e utopia são inseparáveis do pensamento
hispano-americano, desde o final do século XVIII até nossos dias. PAZ, Octavio.
Labirintos da solidão. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984. p. 109. Sobre
o processo de Independência na América Espanhola, é correto afirmar que:
a) o Congresso do Panamá, de iniciativa de
Simón Bolívar, tinha como objetivo a criação de uma confederação pan-americana
e contava com a simpatia britânica.
b) a utopia da unidade era compartilhada por
líderes da Independência, como San Martín, Hidalgo e Morelos.
c) a luta pela Independência visava à
libertação dos criollos da tutela do domínio metropolitano, possibilitando,
assim, a modificação da estrutura social e econômica das colônias.
d) as guerras de Independência, inicialmente
lideradas pelas elites nativas, ganharam força com a participação de índios e
escravos, que concretizaram a emancipação do domínio espanhol.
e) Bolívar, chamado de o
“libertador”, era um político conservador, defensor de uma monarquia
pan-americana.
4) Era o fim. O general
Simón José Antonio de La Santísima Trinidad Bolívar y Palacios ia embora para
sempre. Tinha arrebatado ao domínio espanhol um império cinco vezes mais vasto
que as Europas, tinha comandado vinte anos de guerras para mantê-lo livre e unido,
e o tinha governado com pulso firme até a semana anterior, mas na hora da
partida não levava sequer o consolo de acreditarem nele. O único que teve
bastante lucidez para saber que na realidade ia embora, e para onde ia, foi o
diplomata inglês, que escreveu num relatório oficial a seu governo: “O tempo
que lhe resta mal dá para chegar ao túmulo”. MÁRQUEZ, Gabriel García. O general
em seu labirinto, 1989.
O perfil de Simón Bolívar, apresentado no texto,
acentua alguns de seus principais feitos, mas deve ser relativizado, uma vez
que Bolívar
a) foi um importante líder
político, mas jamais desempenhou atividades militares no processo de
independência da América Hispânica.
b) obteve sucesso na luta contra a presença
britânica e norte-americana na América Hispânica, mas jamais conseguiu derrotar
os colonizadores espanhóis.
c) defendeu a total unidade das Américas, mas
jamais obteve sucesso como comandante militar nas lutas de independência das
antigas colônias espanholas.
d) teve papel político e militar
decisivo na luta de independência da América Hispânica, mas jamais governou a
totalidade das antigas colônias espanholas.
e) atuou no processo de emancipação da América
Hispânica, mas jamais exerceu qualquer cargo político nos novos Estados nacionais.
5) Durante os processos de independência
da América espanhola, dois grupos se destacaram como principais
protagonistas e adversários durante os confrontos. Cite os dois protagonistas e
suas principais características.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe um comentário em nosso Blog...