terça-feira, 7 de julho de 2020

2º Bimestre Roteiro de Estudos de História 8º ano Professora Christiane


ROTEIRO DE ESTUDOS 8º ANO 2º Bimestre
DISCIPLINA: História
ANO: 8º ANO
PROFESSORA: Christiane

(EF08HI11) – Identificar e explicar os protagonismos e a atuação de diferentes grupos sociais e étnicos nas lutas de independência no Brasil, na América espanhola e no Haiti.

Orientações aos Alunos: Leiam o material de apoio contido no blog da Escola ou no material impresso, leia com calma e atenção e realize as atividades solicitadas. Qualquer dúvida que surgir no decorrer da leitura ou da realização das atividades entre em contato pelo grupo de WhatsApp nos horários das aulas de História. Bons Estudos!  Realizem as atividades no caderno. Assim que terminar envie para mim pelo WhatsApp ou e-mail.

Refletir acerca do protagonismo dos diferentes grupos sociais e étnicos, identificando suas atuações e influências nas lutas pela independência no Brasil e na América Latina.

Processo de Independência nas Américas
A Independência do Brasil compartilha com uma origem comum com a da América espanhola, uma vez que ambas foram acionadas pela invasão da Península Ibérica por Napoleão, em 1808.
Esses processos de independência dos países da América Latina são influenciados pelo clima político e intelectual do movimento Iluminista que ocorria na Europa e alcançou as classes mais ricas das colônias.
Processo de Independência nas Américas
Europa enfraquecida com a chamada “Era das Revoluções”.
Colônias sentiram que seria a hora certa para lutar pela sua independência.
Espanha tomada pelo Exército francês de Napoleão, que queria acabar com o intercâmbio comercial do Reino Unido, para que a França se tornasse a maior potência europeia.

Mapa do espaço espanhol na América em 1800





















Processo de Independência na América Espanhola
Os dois grupos sociais coloniais que se destacaram nos processos da independência espanhola foram os dois que tinham interesses e opostos nestes processos revolucionários: os espanhóis e os criollos.

Grupos Sociais
Chapetones
Nascidos na Espanha, eram os mais favorecidos pela administração colonial; ocupavam os postos mais altos e eram muito fiéis à Coroa, de modo que lutaram contra as tentativas de independência.

Grupos Sociais
Criollos
Eram filhos de espanhóis nascidos na América, que cuidavam da produção mercantil; os brancos, descendentes de espanhóis nascidos na colônia; os proprietários de grandes terras. 

Grupos Sociais
Os povos indígenas
Submetidos à mita e à encomienda (“troca” de instrução cristã), especialmente que a tornava subordinada ao colonizador, pagando-lhes tributos e realizando serviços.

Simón Bolívar
Pertencia ao grupo dos criollos, e que por sua vez estava muito descontente com as condições impostas ao seu grupo. Bolívar nasceu na Venezuela, seus antepassados chegaram à Venezuela em 1548. Apesar de ter vivido boa parte de sua vida na Espanha e na França, ele era considerado criollo e, portanto, sem os privilégios dos chapetones.
São Paulo Faz Escola, 2020. Caderno do Professor, 6º ano, vol. 2, p. 101.




















Fonte 1
Carta da Jamaica
Os americanos no sistema espanhol, que está em vigor, eu quero com mais força do que nunca, eles não ocupam outro lugar sociedade do que a dos próprios empregados para o trabalho, e quando mais do que simples consumidores; e ainda assim coagidos a restrições ofensivas; tais são as proibições de cultivo dos frutos da Europa, o estanco das produções que o Rei monopoliza; o impedimento das fábricas que a Península não possui; os privilégios exclusivos do comércio, até dos objetos de primeira necessidade, os entraves entre as províncias e províncias americanas, para que não tratem, ajustem nem negociem; enfim, você quer saber qual era o nosso destino? Os campos para cultivar o anil (...), o café, a cana, o cacau e o algodão; nos prados solitários para criar gado; nos desertos para caçar animais ferozes; as entranhas da terra para escavar o ouro que não pode saciar essa nação abrangente (...).
Kingston, 6 de setembro de 1815, Simón Bolívar, Tradução Profª Pamella dePaula da Silva Santos.

1) Quais eram os interesses e temores dos chapetones e das elites criollas em relação à independência da América Espanhola?

2) Apesar de utilizarem um discurso de libertação dos povos americanos da dominação espanhola, indicando que haveria liberdade e melhoria nas condições sociais, os líderes das independências das colônias hispanoamericanas tinham, na verdade, interesses na manutenção de uma estrutura de poder político e econômico que beneficiava apenas as elites coloniais. Essas elites ficaram conhecidas como:
 a) chapetones.
 b) burgueses.
 c) aristocratas.
d) criollos.
e) latifundiários.

3) O hispano-americano principia como uma justificação da independência, mas se transforma quase imediatamente num projeto: a América é menos uma tradição a seguir que um futuro a realizar. Projeto e utopia são inseparáveis do pensamento hispano-americano, desde o final do século XVIII até nossos dias. PAZ, Octavio. Labirintos da solidão. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984. p. 109. Sobre o processo de Independência na América Espanhola, é correto afirmar que:

 a) o Congresso do Panamá, de iniciativa de Simón Bolívar, tinha como objetivo a criação de uma confederação pan-americana e contava com a simpatia britânica.

 b) a utopia da unidade era compartilhada por líderes da Independência, como San Martín, Hidalgo e Morelos.

 c) a luta pela Independência visava à libertação dos criollos da tutela do domínio metropolitano, possibilitando, assim, a modificação da estrutura social e econômica das colônias.

 d) as guerras de Independência, inicialmente lideradas pelas elites nativas, ganharam força com a participação de índios e escravos, que concretizaram a emancipação do domínio espanhol.

e) Bolívar, chamado de o “libertador”, era um político conservador, defensor de uma monarquia pan-americana.

4) Era o fim. O general Simón José Antonio de La Santísima Trinidad Bolívar y Palacios ia embora para sempre. Tinha arrebatado ao domínio espanhol um império cinco vezes mais vasto que as Europas, tinha comandado vinte anos de guerras para mantê-lo livre e unido, e o tinha governado com pulso firme até a semana anterior, mas na hora da partida não levava sequer o consolo de acreditarem nele. O único que teve bastante lucidez para saber que na realidade ia embora, e para onde ia, foi o diplomata inglês, que escreveu num relatório oficial a seu governo: “O tempo que lhe resta mal dá para chegar ao túmulo”. MÁRQUEZ, Gabriel García. O general em seu labirinto, 1989. 

O perfil de Simón Bolívar, apresentado no texto, acentua alguns de seus principais feitos, mas deve ser relativizado, uma vez que Bolívar

a) foi um importante líder político, mas jamais desempenhou atividades militares no processo de independência da América Hispânica.

 b) obteve sucesso na luta contra a presença britânica e norte-americana na América Hispânica, mas jamais conseguiu derrotar os colonizadores espanhóis.

 c) defendeu a total unidade das Américas, mas jamais obteve sucesso como comandante militar nas lutas de independência das antigas colônias espanholas.

d) teve papel político e militar decisivo na luta de independência da América Hispânica, mas jamais governou a totalidade das antigas colônias espanholas.

 e) atuou no processo de emancipação da América Hispânica, mas jamais exerceu qualquer cargo político nos novos Estados nacionais.

5) Durante os processos de independência da América espanhola, dois grupos se destacaram como principais protagonistas e adversários durante os confrontos. Cite os dois protagonistas e suas principais características.




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