segunda-feira, 23 de novembro de 2020

ROTEIRO DE ESTUDO DE HISTÓRIA 8º ANO 4º Bimestre

 

ROTEIRO DE ESTUDO DE HISTÓRIA 8º ANO 4º Bimestre

DISCIPLINA: História

ANO: 8º ANO

PROFESSORA: CHRISTIANE

Orientações aos Alunos: Leiam o material de apoio contido no blog da Escola ou no material impresso, leia com calma e atenção e realize as atividades solicitadas. Qualquer dúvida que surgir no decorrer da leitura ou da realização das atividades entre em contato pelo grupo de WhatsApp nos horários das aulas de História. Bons Estudos!  Realizem as atividades no caderno. Assim que terminar envie para mim pelo WhatsApp ou e-mail.

O Século XIX e os discursos civilizatórios.

Fazer com que o aluno compreenda como se deu o processo da Abolição da Escravatura;

Refletir sobre a presença negra na sociedade brasileira, permanências históricas e rupturas.

 

Tem uma sequência de atividades em que você aluna(o) irá pesquisar e responder através da internet e do caderno do aluno SP FAZ A DIFERENÇA volume4, das páginas 195 a 200 tem alguns textos para apoio.

Falar de antirracismo é entender o branqueamento

Uma luta antirracista precisa ser pautada em mecanismos de combate ao racismo. Neste sentido, falar sobre embranquecimento é entender como a configuração desta ideologia nos atingiu e atinge enquanto população negra, e a partir disso, desconstruir estereótipos e arquétipos que possam modificar a estrutura racista.

Quando falamos que nossos corpos foram embranquecidos, contamos a história desse país. Nossas ações são pautadas por uma herança baseada em uma ideologia, que está enraizada na nossa sociedade, fortalecida pelo sistema racista. Por isso, para entender o branqueamento, precisamos voltar algumas casas. Vamos lá?

Alerta: Eu sei que vai ser estranho para algumas pessoas, mas vocês vão perceber que NADA do que aconteceu com a população negra foi por acaso no Brasil. Tudo foi muito bem pensado e articulado como forma de extermínio e eugenia de negros e negras. Ações que somente se reformularam à medida do tempo, pois ainda se fazem presentes.

Como o branqueamento nos atingiu

Tudo começou com a vinda de negros e negras escravizados da África. Nossos irmãos eram negros de pele retinta (tom de pele negra escura) que vieram como objetos de exploração, seja qual fosse a natureza dessa, até aqui nenhuma novidade. Mas, houve um ‘problema’ que os portugueses não pensaram né, a população brasileira estava enegrecendo. Então, no século XIX e meados do século XX, a elite brasileira estruturou a “ideologia do branqueamento” baseada na premissa de que era necessário embranquecer o país (tornar a população branca mesmo), uma vez que ser negro era considerado ruim — isso não parece familiar pra você?

Quais foram as ações para o branqueamento?

Nós nos sentimos muito orgulhosos em gritar aos quatros ventos que o Brasil é um país plural, pois somos miscigenados. Porém, o que nunca nos contaram é que a miscigenação foi um processo estruturado, planejado, instaurado e fortalecido para negros e índios (sim, eu sei que dói). Essa foi difundida como forma de alienação de suas identidades, os quais acreditavam que com essa medida, seus filhos seriam incluídos na sociedade, pois sabemos que eles não eram considerados como integrantes da população. Para André (2008), a miscigenação tornou-se eficaz, pois desenvolveu três formas de ação:

1) A violência sexual praticada pelos senhores de escravos em mulheres negras e indígenas. Para enfatizar: Mulheres foram estupradas com o objetivo de clarear a população.

2) Casamentos fora do religioso.

3) À chegada dos imigrantes no país. Essa é bem legal também. Nossos governantes eram muitos bons, né, então, eles resolveram adotar uma política externa no regime colonial, que facilitava a vinda de imigrantes de todos os países do mundo para o Brasil, oferecendo a possibilidade de trabalho e moradia. Mas, a verdade é que, novamente, o objetivo era o clareamento.

Como o branqueamento nos atinge hoje?

O embranquecimento ainda é vivo entre pessoas negras devido à desfragmentação identitária. Essa prática está alicerçada na estrutura do racismo — vale lembrar que o racismo é um sistema de poder, logo, suas ações estão associadas à uma configuração que o permita se fortalecer e manter seu poder. Por isso, quanto mais enfraquecidos e desarticulados estivermos, quem ganha é o racismo e a quem o convém.

Desde que tribos oriundas da África chegaram no Brasil como escravizados, um dos principais mecanismos de desarticulação de revoltas e fugas, foi a mistura dessas tribos, pois a cultura e a língua eram diferentes, desta forma, dificultava a comunicação, e por sua vez, a articulação.

Referência:

ANDRÉ, Maria da Consolação. O ser negro: a construção da subjetividade em afrobrasileiros. Brasília: LGE, 2008.

 ATIVIDADES:

1) De acordo com a fonte, o que era a teoria do “branqueamento” ou

“embranquecimento”?

2) O que é Darwinismo social?

3) Por que a Guerra dos Bôeres recebeu esse nome?

4) O que estabeleceu a Lei do Ventre Livre?

5) Pesquisar: O que foram os quilombos e como se formaram?

 

 

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