Ginástica traz benefícios para o corpo, mas deve
ser praticada com cautela
Começar um esporte requer atenção. Um
acompanhamento médico é sempre importante antes de decidir qual a melhor
modalidade para os objetivos em termos de melhoria da saúde. A ginástica é uma
ótima opção desde que praticada com cautela. Isso porque ela promove benefícios
cardiovasculares e também ajuda a manter a musculatura alongada e fortalecida,
mas se praticada em exagero pode acabar causando lesões graves.
Não existem muitas restrições para a
prática da modalidade. Desde que o indivíduo não tenha nenhum tipo de restrição
médica, ele pode fazer ginástica. É importante lembrar que questões individuais
como idade, ou algum tipo de doença, devem ser levados em conta para definir as
limitações da prática.
A Coordenadora Técnica da Ginástica do
SESI de Brasília, Odalis Fernandes, explica que algumas alunas começam aos
cinco anos. Além disso, também destaca outros benefícios, principalmente para
as crianças. “Através da prática do esporte elas conseguem socializar e
trabalhar juntas. Como a ginástica rítmica tem duas modalidades, individual e
em grupo, todas as meninas que praticam conseguem trabalhar em grupo e ter
cooperação”.
Rebeca Sales, de sete
anos, filha da farmacêutica Andressa Sales, sempre quis fazer uma atividade
física, e começou a praticar a modalidade no lugar da natação, já que não tinha
muita habilidade com água. A mãe conta que a filha está muito feliz e empenhada
com os treinos. “Percebo com muita clareza a mudança no comprometimento
dela, a responsabilidade de chegar no horário, de treinar em casa, de não
faltar. No dia que ela participou da Copa de Ginástica de Brasília eu observei
que enquanto as outras meninas se dispersavam conversando enquanto não chegava
a hora da apresentação, ela treinava exaustivamente! Até me surpreendi porque
não sabia que ela era tão centrada!”, lembra.
No aspecto físico, o
médico Marcos Henrique Laraya, Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do
Exercício e do Esporte (SBME), explica que se a busca pela prática for voltada
a melhorar a qualidade de vida, não ao alto rendimento, pessoas com
encurtamento muscular, dores na articulação, ou até mesmo processos
degenerativos leves podem praticar a ginástica. “A ginástica em si, se
praticada de forma adequada, pode me melhorar muito a qualidade de vida. Isso
porque mantém a musculatura saudável com alongamento e fortalecimento”.
No caso dos atletas
de alto rendimento, o esforço físico é muito maior, e o objetivo é alcançar
resultados, mais do que qualidade de vida. Nesse caso, a alta carga de impacto
que esses indivíduos sofrem durante os treinos e competições, podem provocar
lesões do aparelho muscular esquelético. Laraya explica que uma boa atividade
física precisa integrar tanto a parte aeróbica (respiratória) quando a
anaeróbica (muscular). “Quando o individuo está em treinamento, é preciso
fazer uma composição desses mecanismos para que ele consiga ter uma boa saúde
para executar o esporte e/ou realizar a prova”.
Em relação às lesões,
há diferença entre os dois tipos de ginástica. Na ginástica rítmica há menor
chance de lesões, pois não há tanto impacto quando a artística. Entretanto, em
ambas elas podem ocorrer de duas maneiras: traumas de repetição ou excesso de
uso de uma determinada articulação, que acabam gerando lesões mais graves, ou
lesões que ocorrem com a articulação saudável, como torções. O diretor da SBME
adverte: “Na ginástica, seja ela rítmica ou artística, os movimentos e
gestos esportivos tem que ser muito bem executados em termos de treinamento,
para diminuir ao máximo o risco de ambas as lesões”.
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