ESPORTES PARALÍMÍCOS
Divididos em individuais, conjunto e de inverno
Os Esportes
Paralímpicos aprimoram a autoconfiança e a autoestima, além de
favorecer a condição cardiovascular dos jogadores. Também desenvolve a força, a
agilidade, a coordenação motora e o equilíbrio.
A participação
do Brasil começou em 1976, em Toronto, no Canadá, e a primeira medalha veio
quatro anos depois, junto com a criação do Comitê Paralímpico
Brasileiro (CPB). O basquete em cadeira de rodas, por exemplo, foi a
primeira atividade paralímpica praticada a partir de 1958, no Rio de Janeiro.
História dos
Esportes Paralímpicos
Com o intuito
de reabilitar militares mutilados durante a Segunda Guerra Mundial,
o médico Ludwig Guttman criou os Esportes Paralímpicos nos
anos 40. Essas atividades desportivas, destinadas às pessoas com deficiência,
surgiram na cidade de Stoke Mandeville, na Inglaterra.
A 1ª Paralimpíada aconteceu
em 1960, em Roma, na Itália. Contudo, em 1989, foi criado o primeiro Comitê
Paralímpico Internacional, e em 2001 aconteceu o acordo entre essa
instituição e o Comitê Olímpico Internacional (COI). Dessa
maneira, a cidade-sede das olimpíadas também pode organizar os Jogos Paralímpicos.
Esportes
Paralímpicos Individuais:
São esportes individuais executados
por um atleta em oposição a outro.
• Esgrima
em cadeira de rodas: as cadeiras de rodas são fixadas e tem movimentação proibida
por regra. A modalidade é disputada por atletas com deficiência motora;
• Atletismo: praticado por atletas
com deficiência física, visual, física ou intelectual. São provas
de arremessos, saltos e lançamentos,
tanto para homens quanto para mulheres;
• Judô: a modalidade para atletas cegos é praticada desde
1970. Os atletas são classificados de acordo com o grau de deficiência visual;
• Natação: a princípio, participavam das disputas apenas
atletas com lesões medulares. Com o passar do tempo, o esporte foi se
estendendo a outras deficiências, tanto físicas, visuais e intelectuais;
• Tênis
de mesa: faz parte dos jogos desde a primeira edição do evento, em Roma.
Participam atletas amputados, com deficiência intelectual e paralisia
cerebral;
• Bocha:
considerado um esporte de estratégia, voltado para atletas com
paralisia cerebral ou deficiências mais graves, essa é uma atividade em que
homens e mulheres competem juntos;
• Ciclismo: combina tática e
velocidade, com eventos para homens e mulheres; Existem quatro tipos de
bicicletas, conforme a deficiência de cada competidor: convencionais, triciclos, handbikes e tandem (utilizadas
por atletas com deficiência visual e os guias);
• Hipismo:
homens e mulheres, que possuem deficiência físicomotora ou
visual, competem em igualdade. A pista deve ter algumas adaptações em relação à
modalidade convencional.
• Paracanoagem:
as competições se dividem em velocidade de 200m e 500m. Podendo ser executada
por qualquer tipo de deficiência físico-motora;
• Tênis
em cadeira de rodas: pessoas com deficiência na locomoção têm o direito de
participar. A bola só pode tocar no chão duas vezes;
• Triatlo:
participam das provas pessoas com diversos tipos de deficiência, entre
deficientes visuais e cadeirantes. São 750m de natação, 20km de ciclismo e 5km
de corrida;
• Parataekwondo:
os atletas com deficiência intelectual, auditiva, visual ou física pode
competir nessa modalidade;
• Tiro
Esportivo: pessoas amputadas, paraplégicas e com
outras deficiências motoras podem competir;
• Tiro
com arco: é permitida a participação de tetraplégicos, paraplégicos e
pessoas com limitações de movimentos nos membros inferiores;
• Halterofilismo:
os competidores ficam deitados em um banco e executam o movimento chamado supino.
Atletas com deficiência nos membros inferiores (amputados e lesionados) e
paralisados podem competir;
• Remo:
a separação de classes é definida de acordo com o grau de limitação de cada
competidor, assim como a escolha do tipo de barco para a prova. O esporte pode
ser praticado por pessoas com deficiência física, mental e auditiva.
Esportes
Paralímpicos Coletivos
Os esportes coletivos são
executados com dois ou mais atletas.
• Basquete
em cadeira de rodas: homens e mulheres com algum tipo de deficiência
locomotora podem participar dessa modalidade. A principal mudança na regra
original é a possibilidade de dar dois movimentos na roda antes de quicar,
passar ou arremessar a bola;
• Vela:
atletas com deficiência locomotora ou visual participam dessa modalidade. As
provas podem ser individuais ou coletivas (dois ou três velejadores);
• Futebol
de 5: praticado por atletas cegos, o esporte só entrou no programa de Jogos
Paralímpicos no ano de 2004, em Atenas. A modalidade é disputada em uma quadra
com as mesmas medidas da de futsal;
• Goalball:
jogado por trios com bolas que têm guizos interno, é necessário que a torcida
permaneça em silêncio durante a partida. Essa modalidade é executada por
deficientes visuais;
• Futebol
de 7: com seis jogadores na linha e um no gol, essa modalidade é praticada
por atletas com paralisia cerebral, resultante das sequelas de acidentes
vasculares cerebrais ou traumatismo crânio-encefálico;
• Vôlei
sentado: atletas paralisados cerebrais, jogadores amputados, lesionados na
coluna vertebral e pessoas com outro tipo de deficiência locomotora podem
competir nessa modalidade.
No futebol de 5, os jogadores usam uma venda nos olhos e a bola tem
guizos internos. (Foto: Wikimedia Commons)
Esportes
Paralímpicos de Inverno
Também
existem Esportes Paralímpicos de inverno como o snowboard,
hóquei no gelo, biatlo, curling em cadeira de rodas, esqui
cross country e esqui alpino.
• Esqui
alpino: o atleta precisa combinar velocidade e agilidade. Podem competir
homens e mulheres com deficiências como lesões medulares, amputados, paralisias
cerebrais, além dos deficientes visuais;
• Hóquei no gelo: o esporte exige movimentos rápidos e bom preparo
físico; Essa modalidade pode ser praticada por atletas com deficiência nos
membros inferiores do corpo;
• Snowboard: os atletas são classificados de acordo com a limitação
dos membros superiores e inferiores; Cada competidor realiza três descidas em
uma pista com diferentes obstáculos e saltos;
• Esqui cross country: as competições são abertas a atletas com
deficiência física, visual/cegueira, por isso, os equipamentos variam de acordo
com a classificação. Os competidores podem utilizar uma cadeira equipada com
esquis;
• Biatlo: os atletas são classificados nas categorias sentado, em
pé e com deficiência visual. A competição é definida pela resistência
física e também pela precisão dos tiros;
• Curling em cadeira de rodas: formado por homens e mulheres, o
esporte é jogado em uma pista retangular, de gelo, por duas equipes.
Cresce a
procura por escolinhas esportivas
Para além dos limites do universo
esportivo, as modalidades paralímpicas têm-se tornado um estandarte que exibe
para a sociedade como um todo o potencial e a capacidade de pessoas portadoras
de deficiências, que, acostumada a lutar pelo que mais básico desde o começo da
vida, não se deixam amedrontar diante de dificuldades que levam a nocaute
muitos daqueles que se considera “normais”. Logo após a Rio-2016, clubes e
entidades que mantêm projetos paralímpicos começaram a registrar o aumento na
procura por escolinhas paralímpicas.
Talvez, a procura fosse menor antes pela
falta de informação aos pais e aos jovens e crianças deficientes de que há
esporte de alto rendimento e profissional também para essas pessoas. A
expectativa é a de que, cada vez mais, esses jovens e crianças deixem os
quartos em que se encontravam trancados e procurem ocupar seus espaços na
sociedade, seja por meio do esporte, da arte, de profissões mais convencionais
ou do que quer que tenham escolhido como seus ideais de vida.
Uma mudança
de paradigma
Durante o megaevento de 2016, não apenas
atletas brasileiros como estrangeiros deram depoimentos de que o esporte ajudou
a transformar suas vidas, já que muitos saíam de casa apenas para estudar e
mantinham uma rotina de auto-reclusão sem contato com a sociedade. Ao se
integrarem a alguma modalidade adaptada, perceberam que os limites que viam
antes só existiam na imaginação. Por meio da imagem positiva desses atletas, a
opinião pública passa a respeitar e a confiar no potencial dos deficientes.
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